016 | Um apanhado de música para dar tchau a abril de 2025
Festivais gigantescos, álbuns maneiros e turnês inéditas. Abril teve de tudo.
OIá!
Estamos aqui em mais um final de mês, o que tradicionalmente significaria escrever e disparar um post do “Dez músicas para dar tchau a (insira um mês do ano aqui)” para a sua caixa de entrada. Mas como eu avisei no mês passado, esse mês eu faria diferente. Fiz, foi feito e aqui está. Escrever o “Dez músicas” era uma das minhas partes preferidas do mês por ser um espaço de escrita e pesquisa musical interessante, um estímulo para sempre estar buscando coisas novas para ouvir, achar bandas novas que fazem sons interessantes ou revisitar clássicos que voltam e chegam aos meus ouvidos por qualquer motivo. Ao mesmo tempo, sentia que havia tanto espaço para ampliar a postagem para cobrir outros assuntos que não só músicas. Tem sempre tanta coisa acontecendo, por que não falar de mais coisas?
Logo, o “Dez músicas para dar tchau a (insira um mês do ano aqui)” morreu para dar lugar ao “Um apanhado de música para dar tchau a (insira um mês do ano aqui)”. Eu sou horrivel com nomes, talvez eu faça uma alteração no futuro, mas acho que por enquanto funciona muito bem e cumpre o seu papel. Então ao finalzinho de todo mês você vai receber uma edição do batida crônica com novidades interessantes, álbuns pra você ficar de olho e coisas que podem ampliar seus horizontes musicais de alguma forma.
Se liguem como as coisas vão funcionar:
Cada post vai ser estruturado em três segmentos. O primeiro deles será o AA, Atualidades Aleatórias, onde vou recaptular algumas das coisas interessantes ou simplesmente bizarras que aconteceram ao longo do mês. O segundo será os anúncios de turnês, shows e festivais que aconteceram e eu achei interessante ressaltar. E, por fim, os lançamentos de álbuns que aconteceram e que eu parei para ouvir e posso comentar algo sobre. Eu sou entusiasta de álbuns, não tem jeito. Mas, naturalmente, eu vou continuar a atualizar e divulgar a playlist de músicas lançadas ao final do post.
Naturalmente o tamanho dos posts pode ser maior ou menor porque cada segmento pode ter durações diferenciados. Se teve menos babados para compartilhar ou menos lançamentos que chegaram aos meus olhos/ouvidos, não tem porquê estender ou falar sobre coisas que eu não curti ou não tenho propriedade para falar, tem?
Dito isso, deixo o ponto principal que eu gostaria de reforçar: pode ser que eu não fale sobre determinado álbum ou conte alguma notícia ou bizarrice muito específica. Isso pode se dar por algumas razões, como eu não ter sabido que determinada coisa aconteceu/lançou ou porque simplesmente não parei para ouvir determinado trabalho. Eu não sou online o suficiente para poder ficar sabendo de tudo, assim como não consigo acompanhar tudo. Principalmente: eu não tenho e nem consigo ter opinião sobre tudo. E tá tudo bem!
Antes de vamos mergulhar no fim do mês e abrir os caminhos para maio, quero agradecer mais uma vez por você ser gente fina e por acompanhar o batida crônica. Sou muito feliz que você existe e que você acompanha aqui. De verdade! Enfim. Vamos nessa?
Atualidades aleatórias
Falar de atualidades no mundo da música em abril é, inevitavelmente, falar do Coachella. O festival de música que acontece no meio do deserto do estado da Califórnia, nos Estados Unidos, é um outro fenômeno gigantesco do mundo da música internacional. É responsável por shows antológicos de Daft Punk, Paul McCartney, Beastie Boys, Prince, Björk, The Cure e tantos outros. Assim como falar de festivais de música é falar do Lollapalooza (falei no último post, que vou deixar aqui para você ler caso ainda não tenha o feito), é inevitável não pensar em como o Coachella é referência quando pensamos em um evento que é gigante em praticamente todos os números; ainda que não tenham números oficiais da edição desse ano, a expectativa foi de que cerca de 125.000 fãs tenham ido em cada um dos dias dos dois fins de semana do festival.

Naturalmente, muita coisa aconteceu no festival. Para começar, os outdoors. Os famosos outdoors que os artistas do festival acabam lançando nas estradas de acesso do festival para provocar atenção e uma eventual risada. Lady Gaga teve um dos shows mais elogiados do festival e muitas participações especiais deram o ar da graça ao longo da programação, tipo Brian May tocando guitarra em um cover muito sincero de Bohemian Rhapsody com Benson Boone. Ou Dave Grohl com a Orquestra Filarmônica de Los Angeles. Teve até o político Bernie Sanders abrindo o show da Clairo, de todas as pessoas possíveis. Charli xcx trouxe Lorde, Troye Sivan e Billie Eilish para o seu show e no meio tempo ainda conseguiu mandar alguns shades ao Green Day insinuando que merecia ser headliner (e com todo o respeito ao Green Day, que eu amo, mas convenhamos que ela merecia mesmo) e o baterista Tré Cool respondeu da melhor e mais humorada forma possível. O cantor Ed Sheeran fez um set surpresa nos dois fins de semana do festival, assim como a banda Weezer (cujo baixista, Scott Shriner, teve de lidar com sua esposa atirando contra um policial um dia antes de se apresentarem). Mas nem tudo foram flores. FKA twigs não se apresentou no festival por conta de problemas com seu visto. E o grupo de rap Kneecap recebeu ameaças de morte depois de deixarem mensagens pró-Palestina e contra Israel após o seu set. Enfim. Muita coisa.
Ali em cima eu falei de um nome que eu preciso destacar: Lorde. Em um movimento para anunciar seu primeiro single em quatro anos, What Was That, ela anunciou em suas redes uma apresentação em suas redes no meio de um parque em Nova Iorque. Naturalmente, fez uma pequena baguncinha - a polícia impediu que o evento acontecesse, em um primeiro momento, mas a cantora acabou aparecendo e fez a alegria de quem estava ali presente. Lorde deu uma pequena demonstração de como divulgar um novo trabalho com excelência. Enquanto escrevo este texto, inclusive, a neozelandesa anunciou seu quarto álbum, Virgin.
Em contrapartida, preciso destacar um dos acontecimentos mais absurdos do mês: a Katy Perry foi ao espaço. Por que? Porque…sim. Ou porque ela pode. Ou porque ela deve ser uma excelente garota propaganda. A iniciativa promovida pelo Jeff Bezos, bilionário dono da Amazon, foi a de realizar a primeira viagem suborbital 100% feminina em sua empresa de aviação espacial Blue Orbit. Lá em cima ela cantou What A Wonderful World, fez gracinhas em gravidade zero e voltou ao solo em torno de onze minutos. Tudo seria fantástico se você desconsiderar o fato de que uma viagem dessas custa uma fortuna. E o impacto ambiental de um rolezinho espacial, lógico. Já disse que eu odeio bilionários hoje?
Para contrabalancear, trago dois acontecimentos mais positivos. A primeira delas é que a banda britânica Muse cancelou um show na Turquia após ouvir as reclamações dos fãs locais. Você pode se perguntar em que mundo isso é uma notícia positiva, mas explico: o país tem passado por uma série de protestos recentes contra a prisão do prefeito de Istambul, Ekrem Imamoglu, um nome de oposição ao atual presidente. Neste meio tempo, a banda tinha um show marcado no país ainda este ano, porém o promotor do show fez uma declaração dizendo que os protestos eram “atos de traição”. Os fãs inundaram os perfis das redes sociais da banda pedindo para que o show fosse cancelado como uma medida de apoio aos manifestantes; e a banda assim o fez. Apesar de atrasar a visita ao país, é legal ver que ainda há bandas que se importam e acompanham o cenário dos locais onde vão fazer shows. Ainda mais num momento delicado como este.
Nesse meio tempo Elton John e Madonna fizeram as pazes, olha só! Eles tinham uma rusga de anos e tiveram a oportunidade de se reconciliar nos bastidores do programa Saturday Night Live. Anos atrás ele a acusara de usar playback em seus shows e desde então não se falavam direito. É inacreditável pensar que dois gigantes da música internacional haviam brigado por coisa tão pequena, mas ao mesmo tempo é um gesto incrível de perdão. Se eles conseguem, você também consegue pedir desculpa para uma amizade rompida. Mas se a pessoa for muito otária, não precisa pedir não.
Por fim, eu deixo aqui uma das histórias mais fantásticas que eu li nos últimos tempos. O sempre incrível portal de música Stereogum entrevistou o novo baterista do Primus, John Hoffman. E se essa última frase não te desperta nada, explico: o Primus foi uma das bandas mais emblemáticas do final dos anos 80 e início dos anos 90 e desde então mistura elementos de metal com muita psicodelia. O baterista deles decidiu se aposentar da banda e da industria da música meio que sem avisar, então os membros restantes (o baixista Les Claypool e o guitarrista Larry LaLonde) decidiram abrir audições para um novo baterista. Dentre as mais de seis mil (!) inscrições e registros do processo no canal do Youtube da banda tal qual um reality show, John Hoffman conseguiu o trabalho de sua vida e agora toca bateria para uma de suas bandas preferidas. O relato que a Stereogum trouxe do cara é fenomenal porque John aparenta não só ser um cara tranquilo que vive de música profissionalmente tocando em igrejas, bares de jazz e bandas com amigos, mas um fã que tem a sorte - e o talento - de estar tocando com sua banda do coração. Quantos de nós, lendo esse texto, já não sonhamos acordados tocando algum instrumento ao lado de nossa banda preferida? Ver um cara comum “chegar lá” e tornar isso realidade é emocionante. Recomendo a leitura acima e, caso te interesse, ver a audição do cara no Youtube. Ele come bateria no café da manhã, almoço e jantar.
Ah, e enquanto finalizo esse texto, já no comecinho de maio, uma tal de Lady Gaga (ou Laga Dyga, dependendo de como você lê abaixo) tocou para mais de dois milhões de pessoas em um show gratuito na praia de Copacabana. Tô furando a fila de assuntos para se falar na próxima edição, mas não tem como não soltar pelo menos uma nota. Eu não fui e nem vi a transmissão, mas dá para perceber como foi um show antológico em todos os sentidos. Se você procurar direitinho no Youtube dá para ver a reprise.

Anúncios de shows, festivais, turnês
O mês de abril foi recheado de anúncios no Brasil e na gringa que deixaram muitos de nós, fãs de música ao vivo, salivando horrores. Trago abaixo um resumaço do que rolou para você se inteirar e se programar para comparecer, caso seja de seu interesse:
O festival Doce Maravilha, sempre dedicado a trazer a nata da música brasileira, anunciou as primeiras atrações da edição de 2025 a acontecer no finalzinho de setembro de 2025 no Jockey Club do Rio de Janeiro. Dentre as principais atrações temos Ney Matogrosso convida Marisa Monte, Zeca Pagodinho convida Martinho da Vila e Alcione, Liniker comemorando um ano do lançamento de CAJU com convidados especiais, Baianasystem, Nando Reis e Samuel Rosa, Jards Macalé tocando seu álbum clássico de 1972, Dora Morelenbaum convida Jadsa, dentre tantos outros shows magníficos. Ingressos a venda na Eventim a partir de R$ 230,00.
Dua Lipa trará para a América Latina os shows da turnê do álbum “Radical Optimism” em novembro. Aqui pelo Brasil ela fará shows em São Paulo no estádio Morumbis no dia 15 e no Rio de Janeiro no estádio Nilton Santos no dia 22. Demais datas abaixo e se você clicar em cada cidade você vê os ingressos que ainda estão disponíveis e seus valores. O interessante é que em cada show a cantora faz um cover de um artista ou banda local; na primeira parada da turnê na Oceania ela fez covers de Tame Impala e AC/DC, por exemplo. O que será que ela vai mandar aqui?
Lá na gringa temos mais um caso de “turnê que não vai passar no Brasil e por isso mesmo daqui choramos”, e os responsáveis dessa vez são o LCD Soundsystem, que está fazendo alguns shows ao longo do ano pelos Estados Unidos e Europa. Parece que esse ano eles vão lançar um trabalho novo, mas nada escapuliu de novidade por aí. No caso dos Estados Unidos eles ainda vão contar com Pulp (que voltará com um trabalho de inéditas pela primeira vez desde 2011) e TV On The Radio como atrações de abertura para alguns shows. Ingressos diretamente no site da banda, que você pode visitar aqui. Se algum produtor nacional ler o batida crônica, muito prazer, me chamo Matheus e eu tenho cinco reais em conta para financiar a vinda desses caras para cá. Pegar ou largar.
O Lobofest voltará para a sua edição de 2025 trazendo muita música nacional bacanuda para Sorocaba bem no comecinho do mês de agosto. O cartaz está recheado com Marina Sena, Djonga, Yago Oproprio, Terno Rei, Vanguart, Benziê, Gabrelú, Sophia Chablau e Uma Enorme Perda de Tempo, Pelados, Yá Rosa, Ana Paia e DJ Brandini. Além disso, como “esquenta”, o festival promoverá shows gratuitos em Sorocaba de bandas como Maglore, PLUMA, Varanda e outros nomes interessantissimos da música contemporânea do nosso país. Salivei daqui, só show incrivel! Ingressos na Shotgun a partir de R$ 120,00.
Voltando para a gringa por mais um momento, revisito um dos maiores anúncios de line-up do ano, talvez o maior: o Riot Fest, um dos maiores festivais de música alternativa dos Estados Unidos, anunciou o cartaz da sua edição de comemorativa de 20 anos e eles vieram com tudo: Blink-182, Weezer tocando o The Blue Album na íntegra, Jack White e Green Day de atrações principais. Tá bom pra você? Se não for suficiente, eles ainda vão trazer IDLES, The Beach Boys, Alkaline Trio, Sex Pistols (na versão reformulada com o vocalista Frank Carter), Jawbreaker, Rilo Kiley, All Time Low, Bad Religion, Knocked Loose, Gym Class Heroes, Dropkick Murphys, Inhaler, Buzzcocks, The Linda Lindas e muitas outras bandas fantásticas. Respire fundo, chore comigo e inveje os gringos (pelo menos só hoje). Caso você more por lá ou seja rico morando por aqui, ingressos estão rolando no site do festival.
E para finalizar, os sempre geniais da Balaclava anunciaram as atrações do Balaclava Fest desse ano a ser realizado em novembro. Como atração principal eles trarão o Stereolab, que não pisa no Brasil desde o ano 2000 e virá com um álbum novo na bagagem. Acompanham Yo La Tengo, o quase brasileiro e ex-black midi Geordie Greep, Fcukers, Gab Ferreira, Jovens Ateus e Walfredo em Busca da Simbiose. Cartaz pequeno, mas muito conciso; o rolê perfeito para os indies com mais de 30 anos nas costas. Ingressos já a venda na Ingresse a partir de R$ 325,00.
Álbuns:
Abril foi um mês caprichado de bons lançamentos. Separei aqui quatro álbuns nacionais e quatro álbuns internacionais para falar um pouquinho e quem sabe te instigar a ouví-los também. Os pequenos players do Spotify estão aí para você descobrir um pouco melhor o som.
Terno Rei - Nenhuma Estrela
Ouvi o “Nenhuma Estrela enquanto dirigia voltando para casa depois do expediente; e confesso que demorou um pouco para absorver o trabalho da melhor forma. Mas ao final gostei do resultado. Tem um pouco para todo mundo aqui: participações especiais do magnânimo Lô Borges em “Relógio” e da dupla meio rock-meio música eletrônica Paira em “Tempo”. Baladas mais emocionadas em “Viver de Amor” e “Coração Partido”, guitarras mais fortes em “Programação Normal” e “Nada Igual”. Trabalho conciso e bacaninha, embora eu ainda tenha um apego muito grande com os álbuns mais antigos deles.
Marina Sena - Coisas Naturais
Eu ouvi o “Coisas Naturais” pela primeira vez com a minha esposa, num domingo de tarde, enquanto fazíamos uma moqueca do nosso jeitinho. Cozinhamos as postas de peixe com camarões e dendê; finalizamos com uma salada e um arroz soltinho. Eu acrescentei batata palha, ela não. Colocamos os pratos, nos servimos e nos sentamos a mesa. Conversamos trivialidades, vimos a nossa gata dormir no sofá e comentamos como a luz que estava entrando valorizava a nossa sala. Tudo isso ao som do álbum e sentimos que a trilha sonora estava perfeita. E esse é o melhor elogio que eu posso conferir ao novo trabalho de Marina Sena.
Jovens Ateus - Vol. 1
Já conhecia a Jovens Ateus de nome há algum tempo, mas coloquei eles no meu radar a partir do momento que eu descobri que eles lançariam o seu primeiro álbum pela Balaclava. Dei o play sem saber o que esperar do som, temática nem nada, e fui teletransportado para uma atmosfera meio Joy Division e The Cure das ideias, post punk meio oitentista, bem soturna. Parece uma ótima trilha sonora para se curtir uma balada na noite paulista, e é a melhor definição que eu posso dar.
Maré Tardia - Sem Diversão Pra Mim
Hohoho, eu estava ansioso para esse álbum aqui. E valeu cada segundo de expectativa. Ainda que estejamos no primeiro semestre,
fez um dos melhores e maiores lançamentos do rock nacional do ano e consigo cravar isso com muita segurança. Os rapazes de Vila Velha misturam punk e surf music com baterias muito presentes e guitarras estridentes com fuzz e reverb. Para mim, sempre um prato cheio. Esse álbum me dá vontade de jogar Tony Hawk Pro Skater no Playstation 1, ainda que que eu sou uma negação andando de skate na vida real. Pegou a energia dele?Black Country, New Road - Forever Howlong
Já falei de Black Country, New Road (ou BCNR para os mais íntimos) no resumo do mês de janeiro e desde então eu estava de alguma forma animado para saber o que uma banda que implodiu e se reconstruiu de forma tão significativa em pouco tempo de formação viria a ser. E o resultado aqui é um pop-jazz-rock com muitos elementos eruditos; um álbum calmo e contemplativo com alguns momentos de emoção bem presentes. A capa induz tons quentes e quando fecho os olhos eu me sinto andando em direção da universidade para uma aula de pós graduação em um dia gelado de outono.
Caviar - Heavy Lungs
Você conhece IDLES? É uma banda de post-punk britânica que faz um som abrasivo e intenso, falam de amor e vida de uma forma muito vulnerável e cativante. Pois bem. Uma das músicas mais famosas deles é “Danny Nedelko”, um ode aos imigrantes que fazem da Inglaterra - e de inúmeras outras nações ao redor do mundo - um lugar mais plural e interessante. Danny Nedelko é uma pessoa, e é vocalista da Heavy Lungs. Se você curte um som MUITO abrasivo e MUITO intenso com MUITA distorção de pedais de guitarra, vocais rasgados e fúria envolvida, talvez Heavy Lungs seja um prato cheio para você. Trilha sonora para ir para a academia e malhar deltóides e bíceps. Sério.
Tunde Adebimpe - Thee Black Boltz
O senhor Tunde Adebimpe é vocalista da TV On the Radio que falei ali acima na turnê do LCD Soundsystem e traz em “Thee Black Boltz” seu primeiro projeto solo. O som de alguma forma dialoga com o que ele faz em sua banda, mas aqui é muito mais eletrônico, cheio de sintetizadores, beats pré-programados e samples. É acessível, as vezes dançante, as vezes contemplativo, muito cheio de presençae honestidade. É um trabalho muito interessante que talvez não fisgue no primeiro momento mas que a cada nova ouvida cresce um pouco mais. E o vozeirão de Tunde é muito charmoso. Música para se ouvir enquanto faz uma caminhada no centro da cidade.
Djo - The Crux
Em determinado momento eu vi uma galera da imprensa especializada de música falar de Djo. E quem diabos era Djo? Fui descobri quem era Djo: é o projeto musical do ator Joe Keery, que você deve conhecer como o Steve da série Stranger Things. E aparentemente seu projeto é gigantesco, visto que hoje ele é o artista na posição 296 de 500 de “mais ouvidos do Spotify”. E caramba, isso quer dizer alguma coisa. Dei uma chance e “The Crux” é um trabalho meio pop meio psicodélico, trilha sonora para se fazer uma caminhada no parque num dia ensolarado. Um som leve, meio inofensivo até, mas ainda assim com seu valor.
E termino esse post agradecendo você por ser uma pessoa tão maneira, por ter chegado ao final da leitura e por curtir música do seu jeito. Como prometido, deixo aqui a playlist de músicas maneiras lançadas durante o ano para você se atualizar ou buscar um novo som interessante.
Algum dos acontecimentos do mês passado lhe chamou mais a atenção? Alguma manchete muito absurda? Você já tem ingressos para alguma das turnês anunciadas? Ouviu algum dos álbuns que eu destaquei? Teve algum outro lançamento que vale a pena ser escutado? Comente aí embaixo ou manda um email no batidacronica@substack.com que eu vou ter o maior prazer em te responder.
Se inscreva, compartilha, curta e faça o que quiser com o batida crônica. Até o próximo post! :)
Totalmente excelente esse novo do Heavy Lungs, já curto bastante o anterior e esse veio na mesma pegada. Gostei bastante tb do álbum do Tunde tb, bom de escutar balançando o ombrinho.
aaaaaa que lindo valeuu demais❤️